Biotecnologia para o tratamento de efluentes industriais
Publicado em 13 de outubro de 2022 | Atualizado em 17 de setembro de 2022O tratamento de efluentes industriais usando a biotecnologia já é uma realidade e pode trazer diversos benefícios para o processo. Seu uso adequado garante uma maior proteção ambiental e resultados impressionantes em diversos setores. Neste texto, reunimos as principais informações sobre a utilização desses compostos e sua eficiência quando aplicados nos efluentes industriais. Você também vai descobrir quais são os melhores produtos para utilizar com essa finalidade. Acompanhe!
O que são efluentes industriais?
Os efluentes industriais são as águas liberadas por diversas indústrias durante seus processos produtivos. Pois, independente do setor, elas utilizam água em vários momentos. O que resta após essa utilização é uma água contaminada por diversas impurezas, como óleos, graxas, produtos orgânicos e outros poluentes em potencial. Esses efluentes não podem ser simplesmente descartados após o uso, pois seu alto potencial poluente o torna inadequado para o ambiente ao redor. Sendo assim, é preciso fazer um tratamento correto e rigoroso, mesmo que a intenção seja reutilizar a água em outros processos da própria indústria.Por que é importante o correto tratamento de efluentes industriais?
Os efluentes gerados pela atividade industrial são altamente poluentes para o meio ambiente. Então, o seu correto tratamento é essencial para evitar contaminações e diversos prejuízos ambientais. Pois, se essa água imprópria retorna para um curso d’água, ela pode causar a morte de espécies aquáticas e prejudicar as pessoas que necessitam dessa água para sobreviver, seja para pescar ou para uso próprio. Os efluentes também podem contaminar o solo e prejudicar o desenvolvimento de plantas e alterar o equilíbrio microbiano.Qual a legislação que cuida do correto descarte dos efluentes industriais?
Uma importante regulamentação referente ao descarte dos efluentes industriais é a Resolução CONAMA nº 430/11, que trouxe atualizações em relação à legislação vigente até então, e traça parâmetros importantes que as indústrias devem seguir para que seus efluentes possam ser descartados em corpos d’água sem causar maiores danos ao meio ambiente. Dentre as normas estabelecidas na resolução, podemos citar:- ph entre 5 e 9;
- a temperatura precisa ser inferior a 40 graus celsius;
- o regime de lançamento deve respeitar o total de 1,5 vezes a vazão média do período de atividade da indústria em questão;
- limite de materiais sedimentáveis de até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. O valor não é válido para lagos e lagoas, onde se espera que esses materiais estejam virtualmente ausentes;
- limite de óleos minerais de até 20 mg/L. Enquanto óleos vegetais e gorduras animais não podem ultrapassar 50 mg/L;
- para que seja possível o descarte, os efluentes não podem apresentar materiais flutuantes;
- remoção de pelo menos 60% da demanda química de oxigênio em 5 dias a 20 graus.
Como tratar os efluentes industriais usando produtos biotecnológicos?
Os efluentes industriais podem ser tratados por processos químicos, físicos e biológicos. Nos últimos tempos, as opções envolvendo biotecnologia estão se destacando. Essa técnica aposta no uso de micro-organismos para diminuir os impactos ambientais, e os resultados obtidos mostram sua eficiência no tratamento de efluentes industriais e sanitários. Nesse processo, os agentes biológicos são utilizados para remover o material contaminante, como a matéria orgânica e as bactérias com potencial para causar qualquer dano. Eles atacam o material orgânico dissolvido, flutuante ou em suspensão na água, transformando os vestígios indesejados em outros tipos de materiais menos prejudiciais, como gases e água, sem que o meio ambiente seja agredido. Esse tipo de tratamento é comumente dividido em três opções:- aeróbicos: com uso de lodos ativos;
- facultativos: em que se usa biofilmes;
- anaeróbios: a decomposição dos compostos orgânicos é feita sem oxigênio, como acontece em lagoas anaeróbias e biodigestores.
Quais as vantagens de usar produtos biotecnológicos para tratar efluentes industriais?
Uma das principais vantagens do uso de produtos biotecnológicos no tratamento de efluentes industriais é a proteção do próprio meio ambiente, pois essa solução é mais sustentável que outras práticas e visa utilizar a própria natureza aliada à tecnologia para solucionar o problema. Ainda podemos citar outros benefícios:- economia de energia durante o processo, já que é possível usar as bactérias em ambientes sem oxigênio e ainda manter a alta performance;
- os micro-organismos são naturais e sua presença na natureza é abundante, sendo assim não há qualquer tipo de degradação no processo;
- a parte biológica usada pode voltar ao ambiente, de forma que não há geração de resíduos. Mas, caso haja, ele pode ser usado como um bioproduto.
Como a SUPERBAC pode ajudar nesse processo?
A SUPERBAC é uma empresa com mais de 20 anos de atuação no mercado e que oferece soluções para o tratamento de efluentes industriais e sanitários, por meio da aplicação de consórcios biotecnológicos de alta atuação para sistemas de tratamento (ETEs, lagoas e tanques) e também de efluentes gerados em processos de limpeza e outros tipos de ações. A empresa usa em seus produtos micro-organismos que são encontrados no meio ambiente e, aliados à tecnologia, são capazes de promover resultados impressionantes. Suas soluções biotecnológicas atuam em diferentes frentes:- redução de lodo orgânico: os consórcios de micro-organismos consomem boa parte dos sólidos presentes em sistemas de tratamento, o que resulta em uma grande redução do lodo descartado;
- consumo de óleo e graxas: a SUPERBAC possui soluções biotecnológicas para degradar os óleos vegetais e diminuir os níveis de descarte de óleos e graxas;
- redução de odores: o consumo de materiais orgânicos presentes no sistema é essencial para a redução de odores;
- aumento da capacidade de tratamento: os agentes biológicos podem ser selecionados para degradar um composto orgânico específico, de forma a aumentar a capacidade de tratamento e ainda estabilizar sistemas com sobrecarga.