Não é novidade para ninguém que o lixo é um dos mais graves problemas nos dias de hoje. A humanidade tenta, de diversas formas, criar métodos que minimizem as consequências desse mal que nos afeta há séculos. Foi pensando nisso que pesquisadores japoneses anunciaram a descoberta de uma bactéria capaz de desintegrar plástico a uma velocidade incrível. Tal feito pode ser um importante passo na busca da redução das consequências do lixo em escala mundial.
Conheça essa simples bactéria, que pode gerar soluções inovadoras para um futuro com menos poluentes.
Pequena, mas poderosa!
Seu nome é
Ideonella sakaiensis. Sua descoberta foi feita por acaso, quando os cientistas verificaram, em usinas de reciclagem no Japão, que os plásticos estavam se degradando a uma velocidade maior que a normal. Ao recolher amostras e analisar as substâncias presentes, perceberam que uma fina folha de PET, que costuma levar décadas para se decompor, estava se degradando em poucas horas, graças a essa bactéria, que se alimenta quase exclusivamente de polietileno tereftalato — o plástico presente nas garrafas PET.
Como o processo funciona
Imagine que o plástico é como uma enorme peça de carne que será servida no almoço. Se colocar a carne para assar, sem fatiar, certamente demorará um longo tempo até que esteja pronta para comer. Mas, se pelo contrário, a carne for fatiada em vários pedaços, o tempo será menor até que fique no ponto ideal, e sua ingestão é mais bem aproveitada. O mesmo ocorre com a degradação do plástico.
O plástico é um polímero (composto extenso), feito por diversos pedaços menores e iguais (chamados de monômeros). Para que a desintegração ocorra de forma mais rápida, a bactéria libera duas enzimas — moléculas biológicas que atuam na digestão — com o intuito de quebrar o plástico em partes menores e então se alimentar com maior facilidade.
Soluções inovadoras a partir dessa bactéria
Certamente, o plástico está entre os mais abundantes materiais que sofrem mau despejo atualmente. São cerca de 300 milhões de toneladas produzidas por ano e mais de 70% são
descartadas nos oceanos sem o mínimo de conscientização.
Com o advento da
biotecnologia, novas soluções para os problemas estão sendo propostas, e tal bactéria poderá ser uma grande aliada no combate ao descarte do lixo, visto que muitos ecossistemas estão sendo abalados e alterados. Oceanos, solos férteis, lençóis freáticos — são vários os meios que poderiam ser preservados com o uso da
Ideonella sakaiensis, visto que processos de degradação por fungos, que demoram muito mais, poderiam ser resumidos a poucas décadas com a sua ação. Lembrar que décadas, biologicamente falando, é equivalente a um piscar de olhos!
A bactéria descoberta pelos cientistas é uma solução inovadora para o meio ambiente, pois grande quantidade de plástico não pode ser reaproveitada, e ele deve ser desintegrado o mais rápido possível, antes que comprometa ainda mais o futuro do nosso planeta.
Não podemos ficar dependentes da tecnologia para que o quadro se reverta. Devemos fazer a nossa parte e buscar alternativas para auxiliar o meio ambiente, começando por pequenos atos como reciclar, reutilizar e reduzir a produção de lixo.
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