Em termos didáticos, a biotecnologia nada mais é do que a exploração de processos biomoleculares/agentes biológicos (células, moléculas, organelas) no desenvolvimento de novos produtos, alimentos ou medicamentos. Embora ainda assuste o senso comum, com a imagem mítica de que a manipulação de organismos pode ser maléfica à saúde, as técnicas empregadas nessa área não somente não causam dano algum à saúde humana, como podem ser o ponto de partida para a descoberta da cura de muitas doenças e melhora substancial na qualidade de vida das pessoas.
De qualquer modo, não devemos esquecer que a troca de genes (reengenharia genética) sempre existiu de forma espontânea na natureza, inclusive na flora e fauna entre espécies distintas. Quer saber mais sobre a biotecnologia? Então continue de olho no nosso post!
Tão natural como sua prática na antiguidade
Embora o termo “biotecnologia” esteja na moda nos dias de hoje, o uso de organismos vivos ou sistemas biológicos na obtenção de melhor colheita ou otimização da produção bovina é um recurso amplamente utilizado desde a antiguidade. Os primeiros vestígios do uso da biotecnologia na produção de alimentos datam de cerca de 6.000 a.C., quando sumérios e babilônios manipulavam leveduras para produzir bebidas (próximas do que chamamos hoje de cerveja).
Assim como a biotecnologia, as técnicas de engenharia genética ganharam forte importância na sociedade moderna a partir dos anos 80, quando os cientistas tornaram-se capazes de transferir informações genéticas de um organismo para outro, promovendo a produção de alimentos mais saudáveis e ricos em nutrientes, medicamentos de toda a espécie, além de produção de floras adaptadas em diversos ambientes.
A engenharia genética (que envolve a troca de genes) e a biotecnologia (usa processos naturais, puramente biológicos) passaram, desde então, a ter papel preponderante na melhora de vida dos seres humanos.
Características imprescindíveis das pesquisas em biotecnologia
- Ocorrência natural: disponíveis na Terra naturalmente;
- Não patogênicas: não provocam doenças;
- Não geneticamente modificadas;
- Não oportunista: não se fixa no organismo para a obtenção de energia;
- Não promovem impacto ambiental.
Utilidade aos seres humanos
Confira, agora, onde a biotecnologia pode ser usada:
Produção de alimentos
A apropriação das novas tecnologias nos processos agrícolas permite o aumento da produção (que pode ser uma arma no combate à fome), o desenvolvimento de produtos com menor quantidade de insumos e maior variedade de alimentos. No âmbito da engenharia genética, o Brasil se destaca por ter aprovado a primeira variedade de feijão geneticamente modificado do planeta. Neste exemplo específico, o feijão desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é mais resistente ao vírus do mosaico dourado, responsável, há décadas, pela devastação de milhares de hectares e por perdas financeiras irreparáveis no setor agrícola. Há, ainda, inúmeros exemplos de manipulação de organismos vivos (biotecnologia pura) no desenvolvimento de outros alimentos, como o iogurte, por exemplo.
Como se pode perceber, este é um exemplo típico do quanto o estudo genético e biológico pode melhorar a produção sem causar danos à saúde das pessoas.
Produção de remédios
A biotecnologia oferece a possibilidade de desenvolvimento de remédios para combate de doenças específicas, as quais a tecnologia comum não conseguira encontrar soluções até então. Um exemplo é o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e menos agressivos ao corpo humano, como os produtos biotecnológicos voltados ao combate da esclerose múltipla.
Foi também por meio dessas técnicas tecnológicas que se encontrou a possibilidade de combater doenças raras, tais como cancro, problemas renais crônicos, hepatite C, etc. Há, ainda, estudos na área, que estão em busca do desenvolvimento de medicamentos definitivos contra AIDS, tumores malignos e doença de Alzheimer.
Processos ambientais para proteger o ecossistema
A biotecnologia ambiental vem ganhando corpo nos últimos anos, em sintonia com o crescimento das preocupações com a sustentabilidade e preservação do ecossistema. No Brasil, existem atualmente cerca de 300 pesquisas envolvendo árvores modificadas, natural ou geneticamente (a maioria dos testes vêm sendo realizada com álamo (Populus ssp.) e eucalipto (Eucalyptus ssp.).
O objetivo é a introdução de novas características na flora nacional, como maior tolerância a insumos, resistência à ação de insetos e maior solidez contra estresse abiótico (ação de desgaste natural, por força de ventos, sol, tempestades). Mais uma contribuição da biotecnologia (e, em alguns casos, da engenharia genética), dessa vez, no que diz respeito às preocupações com a sustentabilidade.
E então, você ficou com alguma dúvida a respeito dessas tecnologias aplicadas à vida? Escreva através dos comentários!
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