Cada cultura cultivada em uma determinada lavoura tem necessidades diferentes das outras. A característica do solo e os nutrientes presentes ou ausentes, além da exposição a uma maior ou menor quantidade de água, interferem diretamente no tipo de produção que vai sair daquele cultivo.
E um dos elementos mais importantes nesse aspecto é o solo. A olho nu é impossível diagnosticar a qualidade do solo, por mais que ele pareça saudável. A única forma de saber se há nutrientes de mais ou de menos e qual a composição daquele terreno é por meio da análise de solo.
Neste artigo vamos falar sobre a importância dessa técnica, como e quando ela deve ser utilizada e quais são os benefícios que ela traz para a lavoura.
A análise de solo e sua importância
A análise de solo é a principal ferramenta para que o produtor possa conhecer, em detalhes, qual a composição do solo que ele tem à sua disposição dentro da propriedade rural — e, claro, onde ele vai cultivar as culturas que ele tem mais interesse.
O objetivo é coletar amostras de diversos pontos aleatórios de um terreno e, após análise laboratorial e química, é possível saber o percentual de nutrientes e outros materiais que compõem o solo.
Por ter um embasamento científico bastante sólido, o resultado de uma análise de solo bem-feita consiste em saber, com maior nível de segurança, os tipos e quantidades de corretivos — como
fertilizantes — que podem ser empregados naquele local. No fim das contas, o que interessa é ter um solo fértil e que ofereça exatamente o que as plantas “pedem” para que possam crescer melhores e mais saudáveis.
Os 3 benefícios de uma análise de solo bem-feita
1. Economia de recursos
Esse é o primeiro aspecto que todo produtor rural pensa na hora de fazer uma análise de solo. Vale a pena investir nesse tipo de processo? E a resposta é: vale. Em primeiro lugar, a análise de solo ajuda a identificar, com precisão, de que tipo de solo estamos falando. Em seguida, é possível elaborar uma solução específica para que ele possa ser corrigido.
Isso significa menor perda de tempo e de dinheiro com escolha de produtos desnecessários ou que precisam ser utilizados de forma mais comedida, por exemplo. Em muitos casos, sequer é preciso fazer a
correção do solo com nutrientes específicos, o que já gera uma economia desde o começo.
2. Melhor planejamento da lavoura
Ao longo do tempo, com as sucessivas colheitas e análises do solo, o produtor rural consegue planejar melhor como cuidar da lavoura. A quantidade de adubação gasta e sua distribuição, por exemplo, podem ser otimizadas e, a partir do momento em que você conhece o solo, só é preciso fazer sua manutenção.
3. Aumento da produtividade
Essa é uma consequência direta desse processo. A partir do momento em que você conhece melhor o tipo de solo com o qual está lidando e elabora um planejamento de correção e uso de nutrientes adequados para a lavoura em questão, sobretudo ao longo do tempo, a consequência é melhorar a sua produtividade. Dessa forma você não precisa expandir a área para aumentar a safra.
O processo de análise de solo em 4 passos
O processo de análise de solo não é complexo e vamos resumir o que pode ser feito em apenas quatro etapas. Acompanhe!
Passo 1: coleta
Como é praticamente impossível fazer a análise de todo o solo (e isso jamais seria recomendável), a coleta do solo a ser analisado é feita por amostragem. A melhor maneira, segundo especialistas, é alternar diferentes pontos do terreno e coletar amostras em diferentes profundidades (entre 0 e 20 cm, entre 20 e 40 cm, entre 40 e 60 cm, por exemplo).
Passo 2: laboratório
Em seguida, as amostras são enviadas para o laboratório, onde podem ser realizados diferentes tipos de análise. Uma delas é a química, que mede a fertilidade do solo a partir da quantidade e tipo de nutrientes, o pH e a existência de matéria orgânica.
Já a análise granulométrica vai identificar a composição daquele solo, se há muita areia ou argila e como isso pode impactar na qualidade do solo. As duas análises se complementam e conseguem fornecer um panorama sobre o terreno.
Passo 3: diagnóstico
Após a análise laboratorial, é hora do diagnóstico. Se você optou pelos dois tipos de análise do solo, esse resultado será bem mais completo, fornecendo um retrato fiel sobre o solo em questão. Não deixe de registrar os resultados obtidos, sobretudo se sua ideia é acompanhar os índices ao longo do tempo. Os indicadores podem servir de fonte de informação valiosa para que você busque
obter um solo cada vez mais rico.
Passo 4: solução
Com os resultados em mãos, é hora de planejar o que pode ser feito com o solo analisado para que ele atinja a melhor qualidade possível. É preciso fazer adição de nutrientes? Se sim, quais seriam eles e qual a quantidade indicada para que as plantas possam crescer saudáveis e produzir mais?
Quando fazer a análise de solo na minha propriedade?
Há opiniões diferentes quando falamos sobre a periodicidade de realizar uma análise de solo. No entanto, há um ponto em comum, de acordo com alguns especialistas: a regularidade. É preciso que o local seja analisado durante um tempo para que os resultados sejam mais próximos da realidade.
Uma das sugestões é que a análise do solo seja feita entre três e seis meses antes do plantio e que você aguarde entre dois e quatro anos para realizar essa análise.
Outra dica é fazer logo após a colheita, em casos de cultivos perenes e anualmente, em casos de colheitas anuais. As amostras podem ser colhidas logo ao final da safra ou da safrinha, logo após o fim da estação chuvosa.
Agora que você já sabe que a análise de solo é uma das principais maneiras de conhecer a fundo o solo da sua propriedade e, com isso, garantir melhores resultados, que tal mostrar este artigo para os seus amigos e ver como eles fazem o processo? Compartilhe o conteúdo em suas redes sociais!
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