A busca por mais produtividade e eficiência faz parte da rotina de qualquer agricultor. Afinal, uma produção melhor leva a maiores ganhos e à conquista do sucesso no campo. Para obter esses resultados, é possível usar diversas técnicas. Uma das mais oportunas é a solarização do solo. Embora seja um tanto recente, já demonstrou ter impactos muito positivos. Especialmente em um país tropical como o Brasil, que é banhado por uma intensa radiação solar, essa é uma abordagem adequada.
Contudo, afinal, o que a solarização tem a ver com isso? Para não ter mais dúvidas, venha entender o que significa o conceito e descubra o que é necessário para ela funcionar corretamente!
Descubra o que é um solo esterilizado
Antes de conhecer mais sobre a solarização, precisamos entender o que é um solo esterilizado. Para isso, vamos partir da ideia oposta: um solo com abundância em patógenos. Isso significa problema na certa. A explicação gira em torno dos resultados dessa infestação. Os micro-organismos nocivos prejudicam diretamente o sucesso do plantio, seja por destruir as semanas, seja por dificultar o crescimento, seja por apodrecer as raízes.
Sendo assim, para onde direcionar o olhar: prevenção ou tratamento do solo? Na verdade, o segredo para o sucesso é evitar a entrada e a permanência dos patógenos. Logo, o combate é tão necessário quanto evitar a reinfestação. Por fim, concluímos que um solo esterilizado se encontra livre de microrganismos prejudicando o cultivo. Uma das maneiras de atingir esse patamar é por meio da solarização.
Entenda o que é a solarização do solo
A famosa técnica de solarização do solo, surgiu entre os anos de 1973 e 1976. Com a necessidade de uma crescente produção agrícola, novos métodos começaram a ser testados, até que esse, enfim, se tornou consolidado. De modo bem simples, a solarização do solo consiste em usar a energia solar para tornar as plantações mais protegidas. Isso é possível porque o procedimento ajuda a combater agentes patogênicos e que poderiam causar perdas.
Diante dessa grande vantagem, é considerado um método de desinfestação da área de plantio. Vale ressaltar que é uma opção sustentável e orgânica, pois não precisa de produtos químicos para acontecer — embora também seja possível usar alguns componentes extras. Entretanto, de forma geral, os resultados envolvem uma prática não poluente e muito mais segura.
Saiba como a solarização do solo funciona
De certo modo, todo o processo atua como uma esterilização do solo. Lembre-se de que isso é feito de forma natural, o que não oferece riscos e, ainda, ajuda os agricultores a conseguirem resultados melhores. Para tanto, precisa ser executada da maneira correta.
Pensando nisso, é preciso conhecer as etapas envolvidas no processo, além de compreender o impacto de cada atividade.
Acompanhe abaixo!
Preparação da área
No começo,
prepare o solo exatamente como se o plantio fosse ocorrer. É necessário retirar ervas daninhas, corrigir o espaço e incluir aditivos. É possível usar, por exemplo, fertilizantes de alta performance baseados em
biotecnologia.
Complementando, os torrões devem ser retirados para evitar a criação de bolsas de ar, bem como os elementos pontiagudos, que podem furar a proteção. Além disso, umedeça a terra — seja por chuva, seja por irrigação. Essa umidificação vai ajudar a “ativar” os patógenos, o que os deixa mais suscetíveis ao processo subsequente.
Aplicação de plástico transparente
Após fazer o passo inicial, é preciso aplicar uma cobertura plástica sobre a área. O material deve ser transparente para permitir a passagem de calor e o aumento da temperatura. Além disso, deve ser moderadamente fino, mas sem ser frágil demais. Essa aplicação serve para deixar a terra mais quente na superfície, o que ajuda a matar muitos dos
microrganismos de infestação e
pragas. Para garantir uma boa performance, use terra nas laterais e o deixe firme no lugar.
Seleção de área ampla
Escolher apenas um canteiro ou uma pequena parte vai fazer com que a técnica não seja eficiente. Em substituição, é fundamental fazer a solarização do solo em um local amplo. Se possível, em toda a área de plantação. Isso aumenta a faixa de segurança, ao mesmo tempo em que eleva os resultados, por causa da grande abrangência. Também, é um jeito de evitar que, na verdade, os componentes nocivos se espalhem.
Escolha do período adequado
Para funcionar, a solarização tem que ser feita em um momento de máxima radiação solar. Sem isso, é impossível aumentar a temperatura nos níveis desejados. Por isso, ela deve ser realizada no alto verão. Com a escolha do momento correto, há maior eficiência na conquista de resultados e menores riscos de infestação.
Manutenção pelo período adequado
A cobertura plástica deve ser mantida por um período que vai de 30 a 60 dias. O tempo varia para cada ambiente e também com as condições climáticas. Já nos verões chuvosos ou nublados, o melhor é esperar 60 dias. Eventualmente, confira os resultados. Se surgirem ervas daninhas, a temperatura não é suficiente ou rasgos no plástico têm levado à perda de calor. Se o solo perder mais de metade da umidade, uma nova rega é necessária.
Plantio após a retirada
Imediatamente após retirar o plástico, realize a plantação da cultura desejada. É nesse momento que o solo está em ótimas características e capaz de favorecer a proteção da cultura. Entretanto, ao fazer o processo, não remexa a terra. Isso pode trazer à superfície patógenos que não foram mortos, por estarem em camadas profundas.
Veja como fazer o controle de plantas daninhas
Você já sabe que microrganismos nocivos prejudicam o plantio. Além deles, as plantas daninhas também têm o seu papel em acometer o solo. A boa notícia é que a solarização combate ambos os fatores. Então, vimos que é usado um filme plástico transparente para viabilizar a técnica. É ele que vai permitir o aquecimento do solo e, consequentemente, a eliminação dos patógenos.
Como a superfície do solo vai atingir as temperaturas mais altas, é justamente ali que a redução de agentes será maior. Isso significa que as regiões mais profundas se mantêm infestadas? Não é bem assim! Embora apresentem menores temperaturas — subletais para a eliminação — outros processos vão ser observados. Um deles é o aumento de saprófitas, que vão participar de processos microbianos.
Esses processos representam a eliminação de agentes nocivos por competição. Em outras palavras, os saprófitas agem como antagonistas aos demais microrganismos e, além de promover a eliminação, previnem a reinfestação.
Conheça quais as diferenças entre uma área solarizada e uma não solarizada
A realização da solarização do solo está ligada aos seus resultados positivos para as plantações. Uma área solarizada tem características bem diferentes e que devem ser conhecidas. Então, veja quais são os principais impactos dessa técnica e o que ela consegue oferecer.
Aumento da decomposição da matéria orgânica
Por causa da temperatura elevada e das demais condições, a etapa acelera a decomposição da matéria orgânica. Além de matar diversos agentes, é algo que ajuda a regularizar o pH da área. Com isso, é possível evitar solos ácidos ou básicos demais, o que é prejudicial para o cultivo.
Melhoria das condições químicas
Também, dá para enxergar uma otimização nas condições químicas. Dependendo do solo e das adições complementares, há um aumento no nível de sais minerais e até de elementos metálicos positivos. Ainda, ocorre uma elevação na condutividade e na disponibilização de
micro e macronutrientes.
Mudanças biológicas
Um dos resultados mais desejados da solarização tem a ver com as alterações biológicas. Com o aumento de temperatura, diversos fungos e bactérias são eliminados, assim como sementes de ervas daninhas. Por outro lado, microrganismos se mantêm e até ajudam na recuperação.
Ampliação da produtividade geral
Todos esses aspectos levam a uma modificação no nível de produtividade do plantio. Com menos infestações, há maior proteção e poucas perdas. As características do solo também ajudam a aumentar a produção e a qualidade dos produtos. Em muitos casos, os impactos duram por mais de um ciclo.
Saiba quanto tempo dura a solarização
Como visto, a técnica de solarização vai muito além de eliminar os microrganismos. Os processos biológicos associados a ela garantem um menor risco de reinfestação. Por esse motivo, pode durar vários ciclos sem a necessidade de repetir a prática. Então, podemos concluir que o efeito prolongado é justificado pela redução dos inóculos e pelo equilíbrio biológico. A partir do momento que existem antagonistas aos agentes nocivos, observa-se uma supressão contra esses patógenos.
De fato, embora seja uma técnica muito eficaz, é importante reconhecer que a combinação com outras medidas pode potencializar os resultados. Assim, vale a pena que o produtor avalie o custo-benefício dessa associação. Por último, vai uma dica: se você tiver dificuldades de manter o controle da temperatura do solo ou não conseguir avaliar a presença de patógenos, observe as plantas daninhas. A presença delas sugere a necessidade de uma nova solarização.
Dentre os diversos benefícios, a solarização do solo transforma as condições de plantio e leva a uma produtividade maior. Tudo isso é feito de maneira natural, sem o uso de substâncias químicas que podem confrontar com o meio ambiente e a sustentabilidade. Desde que seja executada corretamente, a solarização garante um plantio mais saudável e livre de agentes prejudiciais.
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