Confira 5 benefícios do inventário de carbono e como fazer!
Publicado em 16 de março de 2023 | Atualizado em 12 de janeiro de 2023Reduzir a emissão de gases do efeito estufa e frear as mudanças climáticas são alguns dos maiores desafios da era moderna. Por isso, surgiram diversos acordos e estratégias que visam criar mecanismos para enfrentar o problema. Um deles é o inventário de carbono.
Essa ferramenta permite uma visualização mais clara da produção de gases poluentes em diversos setores da sociedade, e aqueles que a adotam conquistam uma série de benefícios. Neste texto, vamos explicar do que se trata esse inventário, quais são as diversas vantagens do seu preenchimento e como ele pode ser feito.
O que é o inventário de carbono?
O inventário de carbono, também chamado de inventário de emissões de gases de efeito estufa, é um tipo de relatório em que são registradas as principais informações referentes às emissões de poluentes dentro de uma empresa, em um determinado local ou em uma atividade específica. Ele abrange as fontes de emissão, a quantidade, os tipos de gases, estratégias para resolver o problema, metas e outros pontos.
O inventário é dividido em emissões diretas e indiretas e foi consolidado com uma metodologia específica em 1998, nos Estados Unidos, quando surgiu a ferramenta GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol). Em 2006, surgiram regras para o seu preenchimento a fim de torná-la mais eficaz e precisa.
Importância do inventário de carbono
Esse inventário ajuda empresas e outras partes da sociedade a entenderem melhor os impactos de suas emissões de carbono e tomarem medidas em relação ao problema. O relatório também é importante para melhorar a reputação de uma corporação ao mostrar seu comprometimento com a sustentabilidade e diminuir os riscos de autuações ambientais.
Principais benefícios do inventário de carbono
1. Transparência com stakeholders
O inventário serve como base para informar acionistas e pessoas interessadas em um negócio sobre riscos e oportunidades com relação à emissão de gases de efeito estufa, o que ajuda a construir uma relação mais sólida entre os envolvidos.
2. Redução de custos
Com o relatório, uma empresa pode melhorar seus processos e identificar formas de reduzir o uso de energia e de matérias-primas. Além de considerar a implementação de outras fontes energéticas, que sejam mais limpas e baratas.
3. Responsabilidade ambiental
O inventário de carbono ajuda corporações a criarem metas voluntárias de redução de emissões e demonstrar sua responsabilidade ambiental. Esse tipo de atitude é importante para qualquer empresa que queira se destacar no mercado.
4. Mais oportunidades internacionais
Empresas que se mostram conscientes e sustentáveis têm mais chances de viabilizar importantes transações internacionais. Uma boa conduta frente às emissões de carbono ajuda a estreitar esse tipo de relação.
5. Maior participação no mercado
O inventário de carbono ajuda as empresas a criarem projetos visando aumentar os lucros, por meio de novos investimentos e ideias que geram créditos de carbono.
Como ele deve ser feito?
O preenchimento do inventário deve ser feito segundo as diretrizes do GHG Protocol, que é um tipo de relatório que oferece orientações, ferramentas e até treinamento para a correta quantificação da emissão de gases e suas fontes, indicando que tipos de gases devem ser medidos e reforçando a importância do levantamento de informações relevantes, consistentes, transparentes, precisas e íntegras.
De forma resumida, é possível seguir as etapas:
- 1. definição dos limites de atuação da empresa;
- 2. escolha do período de referência;
- 3. identificação de fontes de produção e remoção de gases do efeito estufa;
- 4. coleta de informações;
- 5. cálculos de emissões e remoções de gases;
- 6. definição de incertezas presentes no relatório;
- 7. apresentação de resultados.
O inventário de carbono é mais um dos importantes esforços adotados para diminuir os impactos das mudanças climáticas. Ele se destaca por permitir que determinado setor da sociedade tenha uma maior consciência de sua participação nesse processo e possa tomar medidas para lidar com o problema.
Além desse tipo de emissão, há outros poluentes com os quais uma corporação deve se preocupar. Por isso, entenda como classificar os resíduos sólidos para fazer um descarte correto.