A indústria alimentícia contribui com 61,7% para o total da balança comercial brasileira, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Paralelamente, a quantidade de resíduos sólidos e líquidos resultantes das atividades produtivas também é muito elevada. Isso requer uma atitude consciente das empresas que geram resíduos.
Por isso, vamos analisar, neste post, como efetivar corretamente o descarte de resíduos na indústria de alimentos!
O que diz a legislação sobre o descarte de resíduos?
Os resíduos decorrentes da indústria de alimentos podem prejudicar a água, o solo, a vegetação e, consequentemente, a fauna, a flora e as próprias pessoas.
Por isso, existem leis que procuram organizar e regulamentar as atividades relacionadas à geração e ao descarte de resíduos. Uma das principais é a
Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos, PNRS).
No artigo 3 da PNRS, fica estabelecido que as grandes empresas que geram resíduos sólidos têm a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos para reduzir a quantidade de resíduos sólidos e rejeitos resultantes, e também para diminuir os impactos negativos sobre a saúde das pessoas e a
qualidade do meio ambiente.
O artigo 18 da mesma lei dispõe que é preciso desenvolver determinadas ações para usar racionalmente os recursos do meio ambiente e combater as diferentes maneiras de desperdício, reduzindo assim a geração de resíduos sólidos.
A
NBR ABNT nº 10.004/2004 é uma norma importante também porque define as diretrizes para a correta classificação dos resíduos.
Quais são as opções para o descarte de resíduos alimentícios?
Quando falamos de
descarte de resíduos da indústria alimentícia, há as opções que seguem.
Aterro sanitário
O aterro sanitário, conforme a
NBR nº 8419/1992, é um espaço com a finalidade de receber, no solo, os resíduos sólidos. Os aterros são montados a partir de metodologias de engenharia para o confinamento de resíduos, de modo a ocupar a menor área, reduzindo-os ao menor volume possível.
O aterro precisa atender aos seguintes requisitos, considerando que consistem em passivos ambientais (não são eliminados definitivamente nem reaproveitados):
- recobrimento dos resíduos diariamente;
- impermeabilização das laterais e da base;
- recobrimento final da plataforma de resíduos;
- coleta, drenagem e tratamento de chorume e de águas da chuva (lixiviados);
- coleta/tratamento de gases;
- drenagem superficial;
- monitoramento ambiental/técnico.
Incineração
Trata-se da queima dos resíduos em usinas e fornos específicos. A temperatura do processo gira em torno de 900ºC a 1250ºC para destruição ou redução do volume ou, ainda, para recuperação de alguns materiais.
Pelo processo, é possível gerar energia térmica, a qual pode ser convertida em energia elétrica. Assim, além da
preservação do meio ambiente, a incineração contribui para diminuir passivos ambientais, para a reciclagem de energia, para a destruição dos materiais orgânicos.
Coprocessamento
Trata-se de um método que usa resíduos sólidos provenientes das indústrias para substituir parcialmente a matéria-prima ou combustível em um forno para produzir clínquer (fabricação de cimento).
Biodigestão
Processo de fermentação destinado ao tratamento de águas residuais e para processar resíduos de gado e agricultura, e resíduos orgânicos da zona urbana.
Os agentes desse processo são organismos anaeróbios que decompõem os materiais orgânicos e os transformam em subprodutos (biofertilizante, biogás). O tratamento acontece em biodigestores, equipamentos fechados que, juntamente com a água, recebem restos de alimentos, esterco, vinhaça e outros resíduos orgânicos.
Apesar de ser uma forma de descarte de resíduos ecologicamente correta, a biodigestão requer um elevado custo inicial de investimento.
Compostagem em escala industrial
Sopradores elétricos ou máquinas revolvedoras intensificam a ação dos microrganismos, inclusive bactérias, que convertem os resíduos orgânicos em material orgânico bioestabilizado.
Devido à temperatura elevada (< 55º C), a massa destrói patógenos, formando um fertilizante eficaz que pode ser usado em paisagismo e agricultura.
Na hora de gerenciar e dar o melhor descarte de resíduos alimentícios, o ideal é contar com uma empresa especializada, que avaliará a opção mais adequada e dispõe da infraestrutura necessária para a efetivação de todos os processos.
O que achou de nosso post? Já pratica uma gestão adequada de resíduos? Quer conhecer melhor nosso trabalho? Então, confira nossas postagens nas redes sociais: siga a SUPERBAC no
Facebook e no
Instagram!
Você também pode gostar
Publicado em 6 de fevereiro de 2024
AMBIENTAL
ETEs: Confira 5 problemas operacionais e veja como resolver
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
4 tipos de desodorizador de ambiente para a sua casa
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Veja como ensinar o cachorro a fazer xixi no lugar certo
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Como tirar cheiro de xixi de cachorro do sofá e de estofados
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Descubra como tirar mau cheiro do ralo do banheiro
Saiba mais
Publicado em 11 de janeiro de 2024
AGRO
Entressafra: 10 práticas essenciais para cuidar do solo
Saiba mais