Os recursos naturais encontram-se em um avançado processo de degradação. Em contrapartida, a população humana aumenta, bem como a expectativa de vida. Dessa forma, buscam-se soluções que aproveitem melhor esses recursos e tratem os resíduos com eficácia.
O estudo e desenvolvimento de organismos geneticamente modificados surgiu para suprir essas necessidades. Ela envolve outras áreas, como genética, tecnologia da informação, biologia celular e robótica. Fundamenta-se nos processos biológicos dos seres vivos e dos seus derivados, desenvolvendo novos produtos e serviços para o espaço urbano, a indústria alimentícia, a agricultura, a medicina e outras áreas.
Que tal saber um pouco mais sobre o assunto? Veja como usar os organismos geneticamente modificados para limpar e tratar solos contaminados!
Os perigos e as consequências dos solos contaminados
O solo contaminado pode gerar graves consequências, tanto no ambiente, quanto de caráter econômico. O despejo inadequado de resíduos sólidos piora a contaminação do substrato, podendo torná-lo até inútil para as plantações.
É importante tratar
solos contaminados por lixo para evitar uma série de consequências indesejáveis, como:
- a transmissão de doenças;
- o deslizamento nas encostas;
- as enchentes;
- os danos na paisagem;
- o assoreamento de mananciais;
- a contaminação da água e do ar.
Lembrando que ar e água contaminados aumentam as possibilidades de contágio das pessoas.
O
chorume, ou líquido percolado, é um dos piores poluentes. Pode ser resultado da umidade nos aterros sanitários, da água gerada por material orgânico e de contaminantes encontrados nos resíduos. É altamente tóxico ao meio ambiente porque tem concentração elevada de sólidos suspensos e metais pesados, que podem provocar câncer e problemas neurológicos.
O solo contaminado na lavoura
Os solos contaminados na zona rural ocorrem principalmente devido aos agrotóxicos. Eles estão entre as mais perigosas fontes de contaminação, da mesma forma que os metais pesados.
Ocorre que os agrotóxicos são uma ameaça aos
alimentos que as pessoas consomem. Essa é uma questão polêmica que ainda não foi completamente solucionada. Uma boa alternativa são os fertilizantes de alto rendimento, que não poluem o solo.
Lembrando que se o solo está contaminado, essa contaminação pode ir mais a fundo e prejudicar também o lençol freático, a água que corre por baixa da terra (água subterrânea) e que é usada pelos poços artesianos.
A solução para tratar solos contaminados
Antes de remediar o problema, é importante fazer o diagnóstico ambiental. Identificam-se as características da fonte, os tipos de contaminantes, as concentrações deles, a região atingida, as propriedades do meio físico, como rochas, água subterrânea, solos.
Há diferentes técnicas para tratar solos contaminados, mas cada uma se ajusta a determinada situação.
Uma boa notícia é que todos os solos contaminados podem ser recuperados. Uma má notícia é que, geralmente, os custos são muito altos.
A equipe que trabalha na remediação é multidisciplinar, envolvendo engenheiros civis, geólogos, químicos e engenheiros ambientais, ajudados por biólogos e ecólogos.
Os prazos de recuperação do solo variam conforme critérios como:
- o tipo de contaminação (quanto mais grave, mais demorado será o processo de recuperação);
- as dimensões da área;
- o total de contaminante;
- o estado físico;
- o tipo de rocha e de solo.
As ferramentas de investigação ajudam a verificar se a recuperação está sendo realizada com eficiência.
A biorremediação
A biorremediação é uma técnica para tratar solos contaminados. Ela reduz os contaminantes usando microrganismos (como as bactérias), algas verdes e fungos, ou suas enzimas.
Os seres vivos trabalham reduzindo substâncias, convertendo-as em produtos menos danosos ao meio ambiente.
Trata-se de um processo barato e simples. E muito eficaz!
Por exemplo, as bactérias Pseudomonas spp são empregadas na recuperação de solos contaminados por petróleo. Elas e outras bactérias similares oxidam diversos compostos orgânicos nocivos, transformando-os em compostos orgânicos não perigosos.
Trata-se de aplicar o velho axioma da química “na natureza, tudo se transforma”, de modo a transformar algo prejudicial em algo benéfico.
A tecnologia de biorremediação pode tratar o material no próprio local (
in situ) ou tratá-lo em lugar diferente (
ex situ). No caso dos solos, o tratamento pode ser
in situ ou
ex situ.
Entre as vantagens da biorremediação podemos destacar a segurança do processo, que não afeta o meio ambiente nem as populações que habitam nas proximidades. Vale também repetir que é um procedimento de baixo custo quando comparado a outras técnicas de tratamento de áreas degradadas.
Os tipos de biorremediação
A biorremediação utiliza agentes biológicos naturais para remediar os estragos provocados por agentes contaminantes. Também é conhecida pelo nome de “remediação biológica” e abrange diferentes técnicas.
A fitorremediação
Na verdade, a biorremediação é mais ampla e pode utilizar os vegetais também. Nesse caso, o processo fica conhecido como fitorremediação, que recupera o solo por meio da degradação, imobilização ou extração dos contaminantes. Para isso, são usadas determinadas plantas.
Essas plantas estimulam a atividade de microrganismos no solo. É especialmente útil quando a contaminação é feita por metais pesados.
A atenuação natural
Também é denominada de “biorremediação intrínseca” ou “biorremediação passiva”. A descontaminação é lenta e é preciso fazer o monitoramento do lugar por um prazo mais longo.
A bioestimulação
A ação dos microrganismos é estimulada quando se colocam nutrientes inorgânicos e orgânicos no solo.
A bioaumentação
É a utilização de microrganismos com elevado potencial para degradar os elementos contaminantes. É uma técnica que pode ser usada em solos com alto nível de deterioração.
O landfarming
É a aplicação periódica de resíduo oleoso com elevada concentração de carbono orgânico no solo degradado.
A compostagem
A compostagem é uma forma
ex situ de tratar solos contaminados. O solo costuma ser retirado do local e organizado em forma de pilhas. Os microrganismos transformam os poluentes em matéria orgânica, água (H2O) e gás carbônico (CO2).
A prevenção
Realça-se a necessidade de prevenção, ou seja, aplicar técnicas e produtos que não poluam o solo. É o caso de usar adubos orgânicos e inorgânicos que não contaminam a terra, reduzindo a utilização de agrotóxicos.
Todos sabem como a matéria decomposta pode ser um bom adubo. Já existem também soluções industriais, fertilizantes preparados com os elementos necessários para tornar o solo mais produtivo, enriquecendo-o com os minerais de que precisa e promovendo o desenvolvimento saudável da lavoura.
É fundamental tratar solos contaminados, mas ainda mais importante é evitar sua poluição e contaminação, recorrendo a estratégias que permitam sua preservação e seu enriquecimento.
Gostaria de continuar se informando sobre agronegócio? Então, assine agora mesmo nossa
newsletter!
Você também pode gostar
Publicado em 6 de fevereiro de 2024
AMBIENTAL
ETEs: Confira 5 problemas operacionais e veja como resolver
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
4 tipos de desodorizador de ambiente para a sua casa
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Veja como ensinar o cachorro a fazer xixi no lugar certo
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Como tirar cheiro de xixi de cachorro do sofá e de estofados
Saiba mais
Publicado em 22 de janeiro de 2024
PET & HOME
Descubra como tirar mau cheiro do ralo do banheiro
Saiba mais
Publicado em 11 de janeiro de 2024
AGRO
Entressafra: 10 práticas essenciais para cuidar do solo
Saiba mais