Como a crise hídrica impacta na rotina empresarial?
Publicado em 21 de maio de 2015 | Atualizado em 9 de junho de 2022Atingindo proporções cada vez maiores, a crise hídrica é hoje um problema que afeta não só o dia a dia da população, mas toda a economia do país. A falta de água decorrente dos longos períodos de estiagem e das alterações climáticas que influenciam diretamente nos índices pluviométricos impõe grandes desafios à indústria e ao setor empresarial. Diante desse cenário, muitas empresas se veem obrigadas a investir na adoção de medidas de conscientização entre funcionários e colaboradores, buscando soluções eficientes, como a reutilização da água, por exemplo. Investimentos em processos, produtos e rotinas mais sustentáveis são algumas das medidas adotadas pelo setor para lidar com os impactos decorrentes da crise. E você, já está sentindo o impacto da crise hídrica nos negócios? Veja neste post como ela está afetando a rotina de muitas empresas. Aumento dos custos de energia elétrica Os longos períodos de estiagem têm impactado diretamente no planejamento financeiro das empresas. Em uma nação cuja fonte primária de energia é a hidrelétrica, a redução no volume das chuvas acaba onerando a produção energética de todo o país, que passa a ter que contar com usinas termoelétricas para o abastecimento. Tanto para a população quanto para indústrias e empresas, o impacto da crise hídrica é sentido no aumento dos custos da energia elétrica, o que acaba prejudicando toda a cadeia produtiva. Os reajustes na tabela de preços de produtos e serviços tornam-se inevitáveis, o que influencia a competitividade e os lucros dessas empresas. Demissão de funcionários Em casos mais extremos, os prejuízos trazidos em cadeia pela crise hídrica obrigam empresas a paralisarem ou reduzirem drasticamente seu capital humano. Os altos custos de produção aliados à crise econômica atual obrigam algumas dessas empresas a adotarem medidas extremas, como a demissão de funcionários em massa e a imposição de férias coletivas. Mudanças nas rotinas de produção Diante de um futuro incerto e sem garantias de que as condições hídricas ideais para as empresas voltem a se restabelecer, muitas delas são obrigadas a adotar mudanças para uma rotina de produção cada vez mais sustentável. Além da busca por processos baseados em um consumo reduzido de água, essas empresas têm investido em alternativas de reúso e captação de águas de chuva. Para a BRF Foods, empresa proprietária de marcas como a Perdigão e a Sadia, por exemplo, a crise hídrica impôs a suas unidades dos estados de Minas Gerais, Goiás e Paraná a adoção de medidas significativas para captação de águas da chuva. Segundo a empresa, seu índice de captação teve um aumento de 40% no ano de 2014 o que a ajudou a reduzir quem mais de 4% o consumo de água para a produção. Confira também, matéria completa na revista FrigoNews sobre como a aplicação da biotecnologia em indústrias de frigoríficos e abatedouros pode trazer benefícios sustentáveis tanto para o meio ambiente como também para o seu negócio. Investimento no tratamento de efluentes O que antes era uma obrigação social e legalmente imposta às empresas, agora se torna questão de sobrevivência. Além de ser uma maneira sustentável e efetiva para a gestão de recursos hídricos e redução do impacto sobre o volume dos rios e mananciais, o tratamento e reaproveitamento da água de efluentes para diversos processos industriais e empresariais, antes realizados com água potável, está se tornando parte da rotina de muitas empresas. A busca por soluções como essa representa também a adoção de uma postura mais coerente com a realidade ambiental do país e, para as empresas, a possibilidade de manutenção de diversos processos então afetados pela crise. A rotina da sua empresa também está sendo impactada pela crise hídrica? O que você tem feito para solucionar a questão? Compartilhe conosco!