Um dos cereais mais consumidos no mundo, o milho tem local de destaque na produção agrícola brasileira, como não poderia deixar de ser. Inclusive, a expectativa é de que a produção de 2022 atinja novo recorde, alcançando 111, 2 milhões de toneladas em território nacional. Contudo, para que isso se concretize, é preciso percorrer todas as etapas do chamado ciclo do milho, que vai desde a preparação para o plantio até a colheita.
Por isso, nesse artigo vamos descrever e ressaltar o que deve ser observado em cada estágio. Boa leitura e bom cultivo!
Qual o período do ano mais indicado para o cultivo?
Como o crescimento do milho pode ser afetado pela disponibilidade de água e radiação solar, é fundamental escolher o período do ano quando as condições estejam mais favoráveis para o desenvolvimento apropriado da cultura. Considerando isso, no Brasil, o milho geralmente conta com dois intervalos de cultivo no ano, que são chamados respectivamente de safra e safrinha.
A safra engloba o período que vai, em média, de outubro a dezembro e coincide com o retorno das chuvas em maior volume em boa parte do Brasil. Já a safrinha ocupa o período posterior à colheita da safra e usa o período de janeiro a abril, que, em parte, experimenta um volume menor de chuvas. Em tese, isso faz com que a safrinha tenha uma menor produtividade, embora a diferença entre esses dois períodos seja cada vez menor.
Não por menos, o termo safrinha tem sido deixado de lado e o cultivo nesse período de menos chuvas recebe o nome de segunda safra. No mais, em alguns lugares, graças ao avanço dos recursos disponíveis e das condições climáticas, alguns produtores experimentam o plantio de uma terceira safra, iniciada pouco após a finalização da safrinha (ou segunda safra). Com isso, podem ser feitas 3 colheitas ao ano, ainda que esse cenário seja restrito a algumas regiões.
Como deve ser feita a preparação do solo e das sementes?
Seja qual for a safra, o sucesso da produção, claro, passa pela correta preparação do solo, parte fundamental do desenvolvimento adequado do ciclo do milho até o seu fim. Em linhas gerais, o ideal é que ele seja rico em matéria orgânica e esteja com PH ajustado em patamares que devem oscilar entre 5,5 e 6,8.
Entre os
macronutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta, o nitrogênio é um dos mais demandados pelo milho. Por isso, é fundamental investir em produtos que favoreçam a presença adequada desse componente no solo.
Em relação às sementes, no caso do milho, elas são as mesmas usadas para o consumo do cereal. O tipo escolhido vai variar de acordo com o objetivo da produção, mas no Brasil, os mais usados para esse fim são o milho verde e o milho pipoca. Todavia, ao todo, são quase 30 espécies à disposição do produtor.
Quais as etapas de desenvolvimento da planta?
A partir do momento que o grão é semeado, a cultura do milho passa por uma série de etapas até atingir o ponto ideal para a colheita. Nos tópicos a seguir, confira as principais características de cada estágio.
Estágio vegetativo
Ao todo, do início ao fim do estágio vegetativo, são 10 etapas de desenvolvimento da planta. Na primeira etapa desse estágio ocorre a emergência do vegetal. Em média uma semana após as sementes serem lançadas, as primeiras folhas da planta aparecem visíveis acima do
nível do solo.
No fim do estágio vegetativo acontece o chamado pendoamento, que costuma ser essencial para o sucesso do cultivo. É nessa fase que a planta atinge sua altura máxima e as espigas começam a se desenvolver, a partir do último pendão do topo do ramo do vegetal.
Estágio reprodutivo
Finalizado o estágio vegetativo do ciclo do milho, tem início o chamado estágio reprodutivo. Ele é composto por 6 etapas, que vão do florescimento do vegetal até o ponto no qual ele alcança sua maturidade. É no estágio reprodutivo, por exemplo, que a quantidade de grãos em cada espiga é definida. A quantidade de pólen que atinge a estrutura da espiga (chamada de “boneca”) é um dos fatores que interferem nisso.
Formados os grãos, eles absorveram água e nutrientes até que atinjam o ponto no qual seu desenvolvimento está completo. Em meio a essas etapas, o produtor deve redobrar os cuidados, para não haver o abortamento das espigas, prejudicando o resultado do cultivo.
Em qual momento deve ser feita a colheita?
Em média, a colheita do milho pode ser feita em períodos que variam de 110 a 180 dias após a semeadura do grão. De forma geral, as espigas atingem seu estágio de maturidade adequado cerca de 50 dias após o florescimento do vegetal.
Esses números, claro, vão oscilar de acordo com a espécie empregada no cultivo, as condições climáticas como um todo e, até mesmo, a disponibilidade de macro e
micronutrientes ao solo. Seja como for, o produtor pode averiguar a plantação e identificar o momento da colheita: normalmente, quando os cabelos da espiga ficam secos e com uma coloração que tende ao marrom, significa que o grão está maduro.
Quais fatores afetam todo o ciclo do milho no Brasil?
Por fim, vale sempre reforçar alguns aspectos que afetam todos os estágios do ciclo do milho nos campos brasileiros. O clima é um deles e, talvez, o principal: temperaturas extremas (tanto para cima quanto para baixo) e água aquém do ideal prejudicam o desenvolvimento da planta e comprometem a
produtividade.
Outro fator de preocupação e que merece cuidado especial são as pragas: diferentes tipos de ameaça podem atingir o cultivo do milho ao longo de todo o desenvolvimento da planta. Nesse cenário, soluções que vão além do emprego dos
defensivos químicos de forma isolada (como o Manejo Integrado, por exemplo) podem oferecer melhores resultados.
Diante de tudo isso, deu para perceber como o ciclo do milho é complexo e cheio de variáveis. De qualquer forma, com a dedicação, o acompanhamento e a busca constante por inovação, o produtor pode alcançar os desfechos esperados na sua
lavoura.
Que tal agora ler sobre resultados na prática?
Confira como impactar de forma positiva a produtividade do milho. Você também pode gostar
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