Por muitos anos, vimos em cidades grandes brasileiras inúmeras tentativas de despoluir os rios urbano. Acostumados com o fracasso, acabamos concluindo que a despoluição dos rios urbanos é impossível. Contudo, isso está longe de ser verdade: investindo bastante tempo e dinheiro juntamente com a disposição e seriedade do governo, muitas cidades grandes conseguiram limpar suas águas fluviais, protegendo o meio ambiente urbano, e de quebra, melhorando o visual e atraindo mais visitantes. Para mostrar que isso é viável e não utópico, preparamos uma lista com alguns exemplos de cidades que conseguiram salvar seus rios:
Rio Tejo (Portugal)
Na nossa pátria irmã, Portugal, corre o rio Tejo, que já foi extremamente sujo. A despoluição custou aproximadamente 800 milhões de euros, e se baseou na criação da Reserva Natural do Estuário do Tejo, em meados de 2002. O plano envolvia a renovação das condutas de abastecimento de água, bem como a criação de uma nova estrutura de saneamento das águas residenciais. O projeto foi extremamente bem sucedido e se encerrou em 2012, beneficiando mais de 3 milhões de habitantes da cidade.
Rio Sena (França)
Outro rio europeu que sofreu com os desgastes da poluição por muito tempo foi o Sena, em Paris. Suas águas foram excessivamente contaminadas por conta da poluição industrial e do esgoto doméstico, ambos despejados no rio sem qualquer tipo de tratamento. Para se ter noção da gravidade da situação, na década de 60 o rio foi considerado biologicamente morto. Nessa época, surgiram os primeiros investimentos para a construção de estações de tratamento. Em 2008, já existiam 2 mil estações. Agora, o rio conta até mesmo com um parque que possui sistema de filtros em seu jardim, ajudando na despoluição.
Rio Tâmisa (Reino Unido)
Já em meados de 1860, a situação parecia perdida: o rio Tâmisa era tão sujo e fedido que ganhou o apelido de ‘O Grande Fedor’. Mas foi apenas entre 1964 e 1984 que as primeiras ações de revitalização começaram a surtir algum efeito: com investimentos de 200 milhões de libras, foram construídas duas estações de tratamento. Mais tarde, foi instalado também um incinerador, que passou eliminar os sedimentos sólidos vindos das estações – o que passou a gerar energia para aquelas mesmas estações. Até hoje, empresas como a Thames Water continuam investindo para a manutenção das boas condições das águas do rio Tâmisa.
Rio Cheonggyecheon (Coreia do Sul)
É um dos casos mais emblemáticos de despoluição de rios urbanos: além de a descontaminação ter se dado em tempo recorde (apenas 4 anos), os benefícios foram desde a diminuição da temperatura da metrópole, até mesmo para melhoras na sua situação econômica. O plano de revitalização foi iniciado em meados de 2003, com a implosão de um viaduto antes situado sobre o rio. Além disso, foram criados parques no seu entorno, ampliando a área verde da cidade. À época, o processo custou em torno de U$ 370 milhões.
Rio Han (Coreia do Sul)
A Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coreia e o próprio crescimento industrial do país tiveram um grande papel na poluição das águas do Han. Na década de 90, com o plano de Desenvolvimento e Implementação de Gestão da Qualidade de Água, o cenário começou a mudar: a despoluição do rio Cheonggyecheon também contribuiu muito para a melhora da qualidade da água do Han, já que era de lá que o esgoto vinha carregado para este último. Apesar de a situação ter melhorado, seu processo de despoluição total ainda está em curso. O governo criou o projeto Han Renaissance, que pretende revitalizar os parques no entorno do Han.
Com essa lista, vemos que é possível, sim, despoluir os rios urbanos: é tudo uma questão de colaboração e investimento, e uma boa maneira tomar essa iniciativa é a adoção do
tratamento biológico. Confira neste artigo como esse tipo de tratamento pode ajudar na despoluição de rios e mananciais.
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